Um Web Application Firewall (WAF) é como um guarda de segurança para o seu site ou aplicação web. Ele analisa o tráfego de entrada, filtrando ataques como injeção de SQL (SQL injection) ou Cross-Site Scripting (XSS) que tentam roubar dados ou danificar seus ativos online. WAFs são essenciais para proteger a presença online da sua empresa.
Embora os WAFs ofereçam proteção robusta, eles não são invencíveis. Atacantes habilidosos podem usar várias técnicas para contornar suas defesas, deixando suas aplicações web vulneráveis.
Aqui está um olhar mais profundo sobre os desafios:
- Ofuscação: atacantes podem disfarçar código malicioso usando técnicas como codificação de caracteres, dividindo cargas úteis em múltiplas requisições ou utilizando formatação incomum. Estes truques podem enganar o WAF, fazendo-o ignorar a verdadeira natureza do ataque.
- Exploração da lógica do WAF: atacantes habilidosos podem gastar tempo estudando os conjuntos de regras e a lógica de um WAF. Eles podem então elaborar requisições que exploram brechas ou manipulam o processo de tomada de decisão, fazendo com que o código malicioso passe pelo filtro.
- Ataques zero-day: ocasionalmente, hackers encontram fraquezas dentro de uma aplicação que podem ser exploradas antes que o fornecedor possa liberar uma correção. Estas também são conhecidas como vulnerabilidades de dia zero (0-day).
- Explorar Vulnerabilidades de uma aplicação: se uma aplicação web tiver falhas de segurança, os atacantes podem conseguir contornar completamente o firewall e atacar diretamente essas fraquezas.
Infelizmente, não há uma maneira fácil de saber o número exato de ataques de bypass que ocorreram no passado. Isso se deve a fatores como sub notificação, falta de um banco de dados central para relatórios e definições variadas do que constitui um ataque bem-sucedido. É provável que o número real seja muito maior do que qualquer um que possa ser oficialmente relatado.
Quais são as consequências de um ataque de bypass de WAF?
Uma vez que ataques de bypass essencialmente permitem que atacantes contornem suas defesas, os danos potenciais causados por eles podem ser severos. Eles podem levar a:
- Vazamentos de dados: um dos resultados mais graves de um bypass de WAF é o acesso não autorizado e exfiltração de dados sensíveis. Atacantes podem explorar vulnerabilidades na aplicação web para roubar dados como informações pessoais, números de cartão de crédito, senhas e informações proprietárias de seu negócio. Isso pode levar a perdas financeiras significativas, danos à reputação e até mesmo responsabilidades legais devido a legislações de privacidade de dados como o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e HIPAA (Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguro de Saúde), entre muitos outros.
- Acesso não-autorizado e comprometimento do sistema: ao contornar o WAF, os atacantes podem obter acesso não-autorizado a áreas restritas da aplicação web ou sistemas subjacentes. Isso pode permitir que eles modifiquem conteúdos, injetem scripts maliciosos, estabeleçam backdoors para acesso futuro ou aumentem privilégios para obter maior controle sobre o sistema.
- Ataques de Negação de Serviço (DoS) ou Negação de Serviço Distribuída (DDoS): com o WAF contornado, os atacantes podem lançar mais facilmente ataques de DoS ou DDoS, sobrecarregando a aplicação web com tráfego para torná-la indisponível para usuários legítimos. Isso pode interromper operações comerciais, levar à perda de receita e danificar a confiança dos clientes.
- Desfiguração (defacement): um atacante pode desfigurar a aplicação web alterando sua aparência visual ou conteúdo, tipicamente para disseminar mensagens políticas, vandalismo ou para minar a confiança no alvo. A desfiguração pode prejudicar a imagem de uma organização e exigir tempo e recursos para restaurar o conteúdo original.
- Injeção de código malicioso: atacantes podem explorar um bypass de WAF para injetar código malicioso, como cargas de cross-site scripting (XSS) ou malware, na aplicação web. Isso pode levar a ataques adicionais contra os usuários da aplicação, como roubo de cookies, sequestro de sessões ou entrega de malware aos dispositivos dos usuários.
Quais tipos de WAFs são mais vulneráveis a ataques de bypass?
Como discutimos anteriormente, existem dois tipos principais de WAFs: baseados em assinatura e baseados em pontuação. Geralmente, WAFs baseados em assinatura são considerados mais suscetíveis a ataques de bypass.
Isso porque os atacantes podem especificamente mirar nas vulnerabilidades de segurança conhecidas que as assinaturas do WAF são projetadas para detectar. Além disso, ataques novos (de dia zero) são mais eficazes, já que não serão detectados até serem adicionados ao banco de dados de assinaturas.
Como prevenir ataques de bypass de WAF?
Existem muitas medidas que você pode tomar para exvitar ser vítima de um ataque de bypass de WAF. A primeira é manter seu software WAF e seus conjuntos de regras atualizados, especialmente se você usar um sistema baseado em assinatura. Isso ajuda a proteger contra as últimas técnicas de bypass e ataques 0-day.
Você também deve estabelecer uma política de teste e revisão, conduzindo testes de penetração regulares para ver se atacantes poderiam encontrar maneiras de contornar seu WAF. Isso permite corrigir vulnerabilidades antes que sejam exploradas. Além disso, lembre-se de que um WAF é apenas uma camada de proteção no seu sistema de defesa. É essencial implementar boas práticas de codificação, validação de entrada segura e outras medidas de segurança para proteger suas aplicações.
Por fim, selecione um fornecedor de WAF com uma forte reputação por segurança e um compromisso em melhorar constantemente seu produto. Se possível, prefira WAFs baseados em pontuação, pois são menos vulneráveis a ataques de dia zero.
Ataques de bypass de WAF são uma preocupação séria. No entanto, um WAF bem escolhido e cuidadosamente mantido continua sendo um escudo poderoso para suas aplicações web, especialmente quando combinado com outras práticas modernas de segurança.