Após um longo período de incertezas, causadas pela pandemia da COVID-19, em que varejistas e e-commerces foram obrigados a adotar novas iniciativas digitais, o chamado “novo normal” trouxe consigo novos desafios para esses setores, como a aumento exponencial dos negócios online, mais gastos com publicidade, altos picos de tráfego e ameaças à segurança de suas aplicações.
Como resultado, o desenvolvimento de soluções computacionais para enfrentar esses desafios foi fundamental, uma vez que os negócios online tiveram que superar rapidamente alguns problemas, como velocidade, segurança e a disponibilidade das aplicações, além de ter que garantir uma ótima experiência aos clientes, caso quisessem se manter competitivos.
Nós apresentamos, neste artigo, alguns dos principais desafios do e-commerce e como o edge computing pode ajudar a transformar de uma vez por todas a experiência de compra online.
Desafios
Ser mais ágil
Aumento de agilidade
A capacidade de agir rapidamente em resposta às mudanças nos dá uma enorme vantagem em tempos de incerteza, tornando as práticas comerciais ágeis uma prioridade máxima. As mudanças repentinas nos hábitos dos consumidores no ano passado resultaram no aumento do e-commerce, alterando os padrões de tráfego e apontando diferenças sobre o que as pessoas estavam comprando.
Além disso, as interrupções na cadeia de suprimentos geraram um caos ainda maior. Então, para resistir a essas mudanças repentinas e inesperadas é necessária uma infraestrutura flexível e escalável, que possa rapidamente acomodar os picos e as falhas da demanda para implementar as atualizações e as correções imediatamente.
Contudo, apesar de a decisão de adotar agilidade seja algo simples, encontrar uma maneira de implementá-la é bem mais complicado. Uma solução amplamente discutida para aumentar a agilidade empresarial é a transição para microsserviços, um novo tipo de arquitetura de aplicações que atomiza aplicações monolíticas em módulos pequenos e vagamente acoplados que podem ser escalados e substituídos independentemente. Essa transição para microsserviços, entretanto, pode resultar em um processo demorado e complexo que, além de usar as horas que um desenvolvedor poderia dedicar a outros projetos, na grande maioria das vezes, ainda exige que as empresas retirem suas aplicações temporariamente do ar – sendo ambas as propostas arriscadas para um mercado em rápida transformação.
Infelizmente, os benefícios da escalabilidade ao migrar a infraestrutura legada para cloud são minimizados se não adotar a arquitetura de microsserviços cloud-native. Devido ao tamanho de algumas aplicações monolíticas, reformular do jeito que está pode resultar em um desperdício de recursos ainda maior ao escalar as aplicações. Consequentemente, fazer uma reformulação para cloud como sendo uma solução rápida para ganhar agilidade pode resultar em menor flexibilidade a longo prazo.
Redução de Custos
Para o e-commerce, a necessidade de manter os custos baixos é especialmente difícil por se tratar de um negócio com baixa margem de lucro, onde o custo de produção dos bens é quase tão alto quanto o preço de venda. Essa particularidade deixa muito pouca margem de erro, exigindo que as empresas de e-commerce reduzam os custos operacionais e melhorem a eficiência sempre que possível para manter a receita líquida positiva. E isso é muito importante principalmente em tempos de incerteza, pois os varejistas muitas vezes dependem do alto volume para compensar as baixas margens de lucro, o que torna as mudanças repentinas na demanda potencialmente devastadoras.
Além disso, as empresas de e-commerce também precisam lidar com custos operacionais cada vez maiores. Parte disso se deve às operações comerciais, como o aumento dos gastos com publicidade online e com a aquisição de clientes. E grande parte desses gastos se dá com operações técnicas, como saída de cloud, arquiteturas de entrega ineficientes, conteúdo não otimizado (como imagens de produtos) e complexidade na implementação de segurança e compliance. Esses desafios são particularmente exacerbados durante períodos de altíssimo tráfego, como a Black Friday.
Assim, muitas empresas de e-commerce têm que lutar para sobreviver em um ambiente cada vez mais competitivo. Segundo a Statista, o comércio online representará 20,4% das vendas globais no varejo até o final de 2022, uma fatia bem mais significativa do que os 10% de cinco anos atrás.
Atender às expectativas do cliente
Garantir uma experiência agradável e atraente para o cliente é um dos maiores desafios que as empresas de e-commerce enfrentam. É muito mais fácil navegar entre diferentes aplicativos ou sites do que sair de uma loja física para outra. Por isso, as chances de uma experiência negativa do cliente com o e-commerce interromper uma compra são muito maiores do que para um varejista tradicional. Na pior das hipóteses, os visitantes não retornarão ao site caso seu primeiro contato com a loja seja confuso, difícil e complicado.
Além disso, de acordo com um relatório da Cisco – com indicadores de atenção em aplicativos –, apenas 17% dos usuários irão relatar quando tiverem algum problema. Esse comportamento acaba privando as lojas da oportunidade de corrigir as coisas antes de o cliente abandonar uma compra, trocar de marca ou compartilhar sua experiência negativa nas redes sociais.
Conforme o relatório, as experiências que mais frustraram os clientes incluem as seguintes:
- site lento para carregar ou tempo de resposta insatisfatório;
- indisponibilidade do serviço;
- falta de funcionalidade;
- aplicativos difíceis de usar;
- falta de personalização.
Lamentavelmente, quanto mais conteúdo dinâmico e imagens de alta resolução você incorporar ao seu site, mais tempo será necessário para carregar. Isso ocorre porque as CDNs tradicionais –que aceleram a entrega para muitos sites de e-commerce ao armazenar conteúdo em cache em locais descentralizados e próximos aos usuários–, apenas armazenam em cache o conteúdo estático. Outras requisições serão repassadas aos servidores de origem do site, que podem estar geograficamente distantes do usuário final, exigindo um percurso de ida e volta muito mais longo. Embora as CDNs possam armazenar imagens em cache, o processo para otimizar essas imagens, para que sejam transferidas de forma rápida e exibidas perfeitamente na ampla variedade de navegadores, pode ser um tanto complexo em razão da diversidade de tamanhos de dispositivos e de resoluções de tela disponíveis hoje em dia.
Conforme explicado em um de nossos posts recentemente, a otimização de imagem tem um pouco a ver com o ato de equilibrar. Os arquivos grandes precisam ser compactados para transferência e armazenamento. No entanto, quanto mais uma imagem é compactada, maiores as chances de uma degradação perceptível. Além disso, essa perda visível da qualidade pode variar consideravelmente entre os usuários que acessam a loja através de um grande monitor de PC com alta resolução e os que navegam através de um telefone celular. As imagens também podem precisar de redimensionamento ou cortes para se ajustarem a diferentes tamanhos de tela, ou ainda reformatadas para serem exibidas em navegadores diferentes. Além do mais, atividades como fazer upload, configurar e gerenciar diferentes versões, ou até mesmo adicionar uma única imagem ao seu site, podem se tornar tarefas bem trabalhosas.
Somando-se a essas dificuldades, estão as expectativas dos clientes por serviços sempre ativos e por uma velocidade cada vez maior. Em horários de pico ou demanda inesperada, manter a velocidade e a disponibilidade requer tanto gerenciamento intensivo de recursos quanto superprovisionamento – duas opções pouco atraentes para empresas de e-commerce que precisam manter suas despesas operacionais baixas.
Segurança
Outra preocupação do e-commerce na hora de garantir a satisfação do cliente é a segurança de seus sites e aplicações. Atualmente, 32% dos e-commerces sofrem ataques cibernéticos anualmente. Além disso, os custos de violação de dados em 2021 totalizaram US$ 4,24 milhões.
Nesse contexto, as empresas viram que precisam buscar soluções modernas que lhes permitam proteger suas aplicações, usuários e redes para evitar vazamentos de dados, além de ataques comuns, como DDoS e fraudes de cartão de crédito.
Possíveis soluções
A Azion fornece às lojas as ferramentas de que precisam para o futuro do e-commerce. Por meio da computação serverless, as empresas podem criar aplicações mais ágeis e reduzir as despesas operacionais – a entrega feita a partir do edge oferece às lojas de e-commerce uma vantagem competitiva necessária, pois proporciona aos clientes uma experiência de usuário fantástica.
Satisfazendo as expectativas do cliente com edge computing
Com o Edge Application, os clientes de e-commerce podem usar edge computing para atender às expectativas dos clientes quanto ao desempenho, à personalização e ao design, pois realiza os workloads no edge da rede. O e-commerce moderno, que depende fortemente de conteúdo dinâmico, de APIs e ainda requerem complexos workflows para processamento de imagem, é um problema para serviços tradicionais de entrega last-mile como as CDNs, que só podem armazenar em cache o conteúdo estático. O Edge Application, no entanto, não apenas armazena o conteúdo em cache, como também migra a computação para o edge, encurtando a distância que os dados têm que trafegar para o processamento, e escalando automaticamente de forma a garantir a disponibilidade ao mesmo tempo em que reduz as despesas operacionais.
Com Edge Application, as empresas de e-commerce podem:
- realizar direcionamento preciso do cliente por região usando as regras do Edge Cache;
- melhorar a resiliência e a disponibilidade com uma rede edge distribuída que escala automaticamente;
- acelerar as aplicações e os sites ao entregar a partir do edge;
- escapar do cloud vendor lock-in com load balancing multicloud e híbrido;
- automatizar o processamento de imagens para reduzir as tarefas operacionais;
- permitir a aceleração da aplicação para requisições de serviço ainda mais rápidas, com regras de bypass e reduzindo as requisições de origem.
Aumente a agilidade e reduza os custos com serverless
O Edge Functions é um produto de computação serverless da Azion que permite às lojas de e-commerce criar funções orientadas a eventos que rodam no edge da rede, sem a necessidade de escalar ou gerenciar recursos. Dessa forma, possibilita que as empresas dividam facilmente as aplicações monolíticas, ganhando mais agilidade e flexibilidade enquanto reduzem – em vez de aumentar – as tarefas operacionais diárias de gerenciamento e escalabilidade das aplicações. Além da economia de custos com essa redução de tarefas operacionais, o fato de escalar automaticamente oferece às empresas a possibilidade de pagar pelos recursos conforme a necessidade, reduzindo o desperdício e as despesas operacionais.
Com o Edge Functions, as empresas de e-commerce podem:
- realizar testes A/B assim como adicionar rapidamente novas funcionalidades para tornar as aplicações mais intuitivas e fáceis de usar;
- integrar facilmente APIs para expandir os métodos de pagamento;
- reduzir os custos e as despesas operacionais causados por recursos superprovisionados;
- gerenciar a cadeia de suprimentos varejista através da integração de sistemas;
- segmentar os clientes para permitir uma personalização mais direcionada;
- economizar mais com o uso mais eficiente dos recursos do que com os produtos concorrentes.
Velocidade, segurança e escalabilidade com JAMstack
Outra excelente opção que a Azion oferece para construir e executar plataformas de e-commerce é a abordagem JAMstack. O JAMstack possibilita aplicações modernas desenvolvidas para velocidade, segurança e escalabilidade usando os princípios de desacoplamento e pré-renderização. Em vez de forçar os usuários a esperar que os dados sejam obtidos de um banco de dados e renderizados em um servidor com cada requisição, os sites JAMstack são pré-renderizados no momento da construção e usam APIs HTTP para alterar a funcionalidade do back-end para os navegadores do usuário. Isso não apenas fornece tempos de carregamento significativamente mais rápidos, mas também aumenta a segurança por meio de uma superfície de ataque menor.
Dessa forma, ao construir uma aplicação JAMstack na plataforma da Azion, as empresas de e-commerce podem hospedar seus sites totalmente no edge ou criar Edge Functions para personalizar os sites e aprimorá-los com métodos de pagamento, autenticação e APIs de terceiros. Além disso, o desacoplamento limpo de serviços do JAMstack permite que as APIs sejam altamente seguras e facilmente integradas – duas necessidades cruciais para empresas de e-commerce, que devem proteger as informações de pagamento dos usuários e adaptar-se rapidamente aos padrões de uso.
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