Minimize Vendor Lock-in com Edge Functions e Edge Orchestrator

Explore como o Edge Orchestrator e o Edge Functions da Azion podem minimizar o risco de lock-in em computação em nuvem e serverless, melhorando a interoperabilidade.

Rachel Kempf - Editor-in-Chief
Minimize Vendor Lock-in com Edge Functions e Edge Orchestrator

A necessidade de aplicações ágeis, escalabilidade sob demanda, alto desempenho e disponibilidade ininterrupta impulsionaram a adoção cada vez maior de cloud computing, Edge Computing e arquitetura serverless. Apesar dos benefícios dessas tecnologias, algumas empresas ainda hesitam em adotá-las devido ao medo de vendor lock-in. Saber como reduzir o risco de lock-in pode ajudar as empresas a evitar custos e complicações inesperados à medida que migram para edge e cloud.

Este post vai definir o que constitui lock-in, por que ocorre, riscos associados e como o Edge Functions e o Edge Orchestrator da Azion podem ajudar a reduzir o risco de lock-in.

O que é lock-in?

Um estudo do Journal of Cloud Computing descreve o lock-in como uma “situação em que os clientes se tornam dependentes - ou seja, presos, do termo em inglês locked-in - de uma implementação de tecnologia de um único provedor de cloud e não podem mudar facilmente no futuro para um fornecedor diferente sem custos substanciais, restrições legais, ou incompatibilidades técnicas.”

Embora o lock-in seja normalmente discutido em relação à troca de um fornecedor por um concorrente, alguns outros exemplos sobre outros tipos de lock-in são descritos por Gregor Hophe em uma postagem de 2019 no blog da MartinFowler.com:

  • produto: configurações altamente customizáveis podem dificultar a mudança de um produto para outro, independentemente de o produto ser proprietário ou de código aberto;
  • versão: as empresas podem depreciar ou descontinuar o suporte de uma versão específica para forçar a adoção de atualizações, que podem incorrer em altos custos de instalação se quebrarem as customizações ou extensões existentes; e
  • arquitetura: a arquitetura monolítica nega muitos dos benefícios da adoção de cloud, fazendo com que muitas empresas reformulem a arquitetura de aplicações para microsserviços à medida que se mudam para cloud.

Em outras palavras, o lock-in é habitualmente conhecido como uma combinação de dependências diferentes, frequentemente conectadas, tornando-o difícil de combater.

Como ocorre o lock-in?

Em seu livro de 2020, What is Serverless, Mike Admunsen fornece uma explicação simples para a causa raiz do vendor lock-in. Ele escreve: “O vendor lock-in ocorre quando os concorrentes resolvem problemas compartilhados de maneiras únicas”. Em outras palavras, a falta de padronização entre os fornecedores resulta em soluções que não são apenas proprietárias, mas customizadas de tal modo que proíbe a portabilidade. Além disso, as ofertas de alguns fornecedores são muito bem casadas, de forma que configurações de determinado produto tornem os clientes atrelados ao uso de outro produto proprietário.

Os fatores que levam ao lock-in incluem:

  • uso de diferentes linguagens, frameworks, APIs, por exemplo;
  • falta de padronização;
  • falta de interoperabilidade;
  • serviços fortemente atrelados; e
  • processos/software/hardware proprietários.

Como resultado, muitas vezes as empresas precisam alterar substancialmente o código ou até mesmo adquirir novas habilidades ou talentos para mover suas aplicações ou dados para outra plataforma ou solução.

Riscos do lock-in

De certo modo, o lock-in é inevitável. Qualquer empresa que incorpore os serviços de um provedor em seus processos de negócios ficará atrelada, até certo ponto, uma vez que a mudança destes exigirá alterações nas habilidades e na mentalidade de todos os envolvidos. Além disso, algumas empresas concordam voluntariamente com contratos de licenciamento de longo prazo em troca de taxas com desconto ou outros benefícios.

O estigma negativo associado ao lock-in, em última análise, vem do medo de que o custo de mudar de fornecedor seja tão proibitivo a ponto de negar quaisquer benefícios potenciais que poderiam resultar dessa mudança, expondo o cliente a riscos como:

  • QoS diminuída;
  • alteração das ofertas de serviço;
  • mudança dos processos do negócio;
  • aumentos de preço; e
  • fornecedor saindo do negócio.

Uma grande barreira para transformações não apenas impede que os clientes obtenham os melhores preços e soluções possíveis, como, também, os proíbe de responder às mudanças nos processos ou serviços do fornecedor, as quais podem não estar alinhadas com as suas necessidades. Embora seja impossível evitar totalmente o lock-in, é possível - além de crucial - para uma empresa mitigar esses impactos negativos.

Atenuando os efeitos negativos do lock-in

Uma postagem no blog da Thoughtworks de 2019 estimou que o verdadeiro custo do lock-in é o custo da migração menos a oportunidade ganha por migrar. Por exemplo, a arquitetura serverless é menos portátil do que os containers, mas esse custo pode ser compensado pelos benefícios de escalabilidade adicional, economia de custos, eficiência de recursos e facilidade de uso. Na mesma linha, a postagem de Hophe de 2019 afirma que o risco de lock-in é menor quando os serviços fornecem uma aplicação exclusiva com baixo custo de troca. Em outras palavras, ambos os artigos sugerem que reduzir o impacto negativo do lock-in não é somente uma questão de minimizar o custo da migração, mas de maximizar seus benefícios.

Minimizando custos

Concluindo, o verdadeiro custo da migração vai além do custo de aquisição de novos serviços: inclui o tempo de paralisação do sistema, atualização de protocolos de segurança, refatoração de código e treinamento de desenvolvedores. Dessa forma, minimizar esses custos, reduzir a complexidade e mitigar riscos pode envolver:

  • adoção de tecnologia padronizada;
  • uso de linguagens suportadas por múltiplos provedores; e
  • escolha de soluções fáceis de configurar e usar.

Maximizando o ganho

Apesar dos receios quanto ao lock-in, as empresas estão adotando cada vez mais tecnologias de cloud devido às oportunidades de ganhos que elas oferecem, tais como:

  • maior rapidez de comercialização;
  • menor latência;
  • maior scalability;
  • uso eficiente de recursos;
  • interoperabilidade; e
  • suporte à tecnologia 5G.

Empresas que não somente migrarem para cloud, mas adotarem arquiteturas nativas de cloud e soluções projetadas para ganhos de performance, agilidade e eficiência podem assegurar que conseguirão extrair o melhor valor possível de seu provedor, fazendo o investimento valer a pena.

Mitigando o risco de lock-in com a Azion

Na Azion, acreditamos que o futuro da computação está nos padrões abertos. Sendo assim, esperamos desenvolver continuamente produtos que ofereçam o máximo de portabilidade e interoperabilidade possível. Dois produtos que demonstram nosso compromisso em reduzir os riscos de vendor lock-in são o Edge Orchestrator e o Edge Functions.

Edge Orchestrator

Edge Orchestrator é uma solução de orquestração projetada para simplificar o gerenciamento da infraestrutura. Com ele, os clientes podem implantar, controlar, automatizar e monitorar remotamente a infraestrutura em edge, cloud, ou on-premise utilizando VMs, containers ou bare metal. Isso fornece aos clientes um único painel de controle para observar e orquestrar serviços de diferentes fornecedores, minimizando o lock-in ao reduzir significativamente as complexidades técnicas envolvidas na migração.

Além do mais, o Edge Orchestrator é fácil de configurar e usar. Pode ser instalado automaticamente junto com o sistema operacional, começando a configurar e orquestrar serviços automaticamente a partir do momento em que um dispositivo for autorizado no painel de controle. Ele também é compilado com todas as bibliotecas necessárias e dependências de core para simplificar os processos de instalação e atualização de software.

Edge Functions

Edge Functions é uma solução de serverless compute que reduz o risco de lock-in frequentemente enfrentado por clientes serverless. Com ele, os clientes podem criar funções orientadas a eventos usando JavaScript, que é suportado por todos os principais provedores de cloud. Além disso, é extensível a qualquer provedor de cloud e usa tecnologia padronizada, como o JavaScript da ECMA e Fetch API com padrões MDN, para interoperabilidade entre diferentes plataformas.

Igualmente, projetamos o Edge Functions para oferecer o máximo de desempenho possível, com zero cold start, resultando em latência significativamente menor e desempenho mais consistente do que soluções baseadas em containers como o AWS Lambda. Consequentemente, esperamos não apenas reduzir os riscos de lock-in, mas também proporcionar aos clientes o máximo benefício possível para seus investimentos.

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