Não é de hoje que o setor de tecnologia educacional anda aquecido. Mudanças nas formas de abordagem de ensino e inserção de novas tecnologias na educação vêm sendo muito discutidas nos últimos anos, mesmo antes da pandemia da COVID-19. Segundo dados do INEP[1], apenas entre 2009 e 2019, o número de ingressos nos cursos a distância teve um salto de 378,9%.
A busca por flexibilidade, que cada dia mais motiva pessoas a trabalharem e estudarem em modelo híbrido ou remoto, é um dos fatores que influenciam esse aumento. Além disso, quando pensamos em adultos, o lifelong learning — tendência que consiste na busca contínua pela atualização do conhecimento — dá à educação uma importância ainda maior nos dias de hoje, devido à velocidade com a qual as informações vêm mudando e novas tecnologias vêm surgindo. Atualizar-se, ou até mesmo mudar de carreira, faz parte do perfil do profissional moderno e a possibilidade de fazer isso de maneira mais rápida e a qualquer momento com as tecnologias de ensino é uma grande vantagem.
Para atender a essa constante crescente, entretanto, as EdTechs e instituições de ensino precisam pensar nos desafios que o ensino online trará nos próximos anos. Só assim elas poderão oferecer aos seus alunos uma experiência de uso otimizada e ininterrupta e um engajamento que lhes permita aproveitar todas as tendências, sem deixar de lado a segurança das suas informações.
A solução para lidar com esses desafios é contar com uma plataforma de edge computing que garanta segurança, alta disponibilidade e baixa latência, para que seu conteúdo seja entregue com velocidade aos alunos até mesmo durante os picos de acesso. Quer saber como? Confira algumas das tendências que o setor de tecnologia da educação pode esperar para 2023 e entenda de que maneiras o edge computing pode ajudar a sua EdTech a aproveitá-las ao máximo.
Consolidação da Inteligência Artificial (IA) na educação
Ao automatizar as tarefas mais simples e mecânicas, a IA permite que os educadores tenham mais tempo para se concentrarem nas atividades complexas do ensino. Ferramentas como “bots tira-dúvidas” programados para responder a questões relacionadas ao conteúdo das aulas, por exemplo, tendem a auxiliar cada vez mais o trabalho do professor. Tais ferramentas podem ser úteis, além disso, na classificação de trabalhos, fornecendo aprendizado personalizado e conteúdo inteligente aos alunos, através de programas de tutoria ou sistemas de tutoria inteligente (ITS) baseados em Inteligência Artificial.
Não é à toa que, segundo as projeções feitas pela Markets and Markets[2], a IA no mercado educacional deve atingir US$ 3,68 bilhões até 2023.
Para que as EdTechs possam oferecer aos seus alunos as ferramentas de IA existentes e as que ainda estão por vir, contudo, as aplicações das plataformas de EAD devem ser executadas com máxima velocidade. Com o Edge Application da Azion, sua empresa pode construir e entregar suas aplicações de alto desempenho diretamente no edge, acompanhando, assim, as demandas do setor e garantindo sempre uma experiência de aprendizado engajadora. Fazendo uso do Edge Functions, ainda, suas aplicações serverless podem ser construídas rapidamente, e você evita custos de manutenção de infraestrutura, além de utilizar as mais novas tecnologias de desenvolvimento de software do mercado.
Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV)
Em uma reportagem, a Revista Forbes[3] apontou vários argumentos que indicam: a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual devem revolucionar o ensino escolar, profissional e pessoal nos próximos anos. Isso se deve em parte ao fato de que algumas pessoas aprendem melhor visualmente, o que significa que a possibilidade de “ver” um processo, em vez de ler ou ouvir sobre ele, é muito mais impactante para elas. Mas a tendência também possibilita uma melhoria na experiência de lifelong learning, o treinamento profissional em locais de trabalho e a aprendizagem prática.
E esse é apenas o começo de uma cadeia de transformações que ambas as tecnologias têm a oferecer ao setor. Pesquisas da ABI Research & Data[4] sugerem que o valor bruto da Realidade Aumentada na educação pode chegar a US$ 5,3 bilhões até 2023. Quanto às ferramentas de Realidade Virtual usadas no mercado de EdTech, esse valor pode chegar a US$ 640 milhões.
No entanto, é preciso ter um dos grandes desafios de ambas as tecnologias: a lentidão e os atrasos de processamento, muitas vezes, atrapalham a imersão do aluno na experiência de aprendizagem. Por isso, a latência precisa ser a menor possível e, neste caso, a computação serverless e o edge computing são a combinação perfeita — já que, juntos, facilitam às EdTechs a diminuição da latência de rede ao guardar dados e processar requisições o mais próximo possível dos seus usuários finais.
Metaverso nas universidades
Atentas ao furor que o Metaverso tem gerado desde que surgiu, as universidades brasileiras estão dando seus primeiros passos na implementação dessa tendência. Sobre esse assunto, cabe destacar o NFT (Non-Fungible Token) recebido pela Universidade de São Paulo, que recentemente se tornou a primeira universidade latino-americana a firmar uma parceria com a United States of Mars (formalmente chamada de Radio Caca, RACA).
O acordo internacional entre a USP e a RACA[5] pretende fomentar pesquisas sobre aplicações e aspectos técnicos, econômicos e legais do Metaverso. Através dele, a USP terá suas próprias “terras virtuais”, dentro das quais poderá construir diferentes espaços para interação com e entre usuários em um ambiente de realidade virtual, aumentada ou mista.
Embora esta ainda seja uma fronteira muito nova e pouco desbravada no setor de educação, o Metaverso tende a ganhar espaço no mercado brasileiro, e o acordo entre a USP e a RACA é o primeiro passo. Para que isso aconteça com outras instituições de ensino, no entanto, elas precisam estar preparadas para garantir total disponibilidade e segurança aos seus alunos e usuários.
Com o Load Balancer da Azion, é possível assegurar a distribuição de tráfego de dados nos momentos de maior volume de acesso à rede, o que garante não só a alta disponibilidade, como também a escalabilidade necessária para manter o bom desempenho da web conforme o número de usuários aumenta. A detecção rápida de falhas ainda monitora o status da sua carga e resolve os erros logo que são detectados, sem deixar de lado a confiabilidade que evita o abandono de usuários.
Quanto à cibersegurança, fundamental para o sucesso das EdTechs, vale mencionar o Edge Firewall, que garante o bloqueio das maiores ameaças e ciberataques às suas aplicações já no edge — ou seja, antes que os ataques atinjam sua origem — e permite que as instituições de ensino criem regras de proteção avançadas para expandir o controle de acesso em tempo real, contribuindo para a disponibilidade da plataforma EAD e a segurança dos seus dados.
Learning Analytics: a análise de dados como parceira na educação
Assim como as demais indústrias, o setor educacional tem reconhecido o valor da análise de dados. A learning analytics (análise da aprendizagem) permite que os educadores obtenham insights que lhes digam qual a melhor forma de ensinar seus alunos. Uma das maneiras mais simples de obter essas informações é fazer com que os alunos forneçam feedback por meio de pesquisas. Há, porém, soluções mais sofisticadas que podem ser desenvolvidas pela sua EdTech.
De acordo com a Northeastern University[6], o campo de learning analytics faz a diferença na formação de alunos. Para desenvolver soluções nessa área, é necessário métodos quantitativos combinados com experiência na construção, fusão, gerenciamento, limpeza e análise de dados usando software e técnicas de ponta.
Além de obter insights, essas pesquisas também garantem aos alunos a oportunidade de aprender com autonomia, sentindo que sua voz está sendo escutada — o que é fundamental, já que pesquisas[7] apontam que quando os alunos têm maior autonomia sobre sua aprendizagem, eles são mais engajados e mostram maiores sinais de bem-estar e satisfação com seus ambientes educacionais.
Para que essa satisfação seja garantida na prática, é preciso que haja uma entrega dinâmica do conteúdo desenvolvido a partir dos insights obtidos com a learning analytics. Supondo que seus alunos prefiram aprender através de vídeos on demand, por exemplo: essa experiência somente será bem-aproveitada se os vídeos forem transmitidos em alta definição e com máxima performance ao usuário final, onde quer que ele esteja.
Adicionar uma camada de cache intermediária com o Edge Cache, na qual conteúdos são replicados e podem ser disponibilizados por longos períodos de tempo, neste caso, pode aumentar a velocidade e estabilidade da sua plataforma EAD em até 70%, melhorando a experiência dos seus alunos.
Conclusão
A cada dia, a demanda pelo ensino a distância aumenta, e as tecnologias do setor da educação crescem, ganhando mais importância e investimentos. Para desbravar as novas fronteiras do mercado com o melhor desempenho possível, as EdTechs e instituições de ensino precisam contar com o edge computing — a tecnologia que garante as ferramentas necessárias para lidar com os desafios do setor e otimizar os serviços da sua empresa.
Com a Plataforma de Edge da Azion, é possível construir e entregar suas aplicações no edge, acelerando a entrega de conteúdos, como streaming e download de vídeos, com alta disponibilidade e baixa latência, e garantindo a cibersegurança de alunos e professores em toda a plataforma de EAD.
Quer saber mais? Contate nosso time de especialistas e descubra como a Azion pode te ajudar a surfar nas tendências do setor de tecnologia da educação.
Azion
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Referências
[1]INEP
[2] Markets and Markets
[3]Revista Forbes
[4]ABI Research & Data
[5]Acordo internacional entre a USP e a RACA
[6]Northeastern University
[7]Pesquisas sobre a autonomia dos alunos na aprendizagem