A intensa transformação digital dos últimos anos potencializou a migração de diversos serviços para o mundo digital, e o uso da internet para realizar transações financeiras, estudar, trabalhar e se divertir exige cada vez mais que empresas e instituições de todos os setores e tamanhos tragam seus serviços para plataformas confiáveis, escaláveis e seguras.
Nesse contexto, os modelos de computação em cloud e no edge propõem diversas vantagens que são fundamentais para reduzir custos, tempo e pessoal especializado para gerenciar operações. No entanto, ao comparar os benefícios gerais desses dois modelos e, em especial, a relação custo-benefício dos investimentos, o edge se destaca.
Neste artigo você vai compreender porque o edge, além de ser mais rápido, mais confiável e mais seguro, também ajuda a reduzir seus custos de infraestrutura, de banda larga e de processamento.
Principais custos de Cloud Computing
Tanto as estruturas de cloud como as de edge computing são muito complexas, pois são compostas por data centers e diferentes estâncias de segurança, processamento e entrega de dados para atender aos diferentes tipos de clientes e casos de uso.
Mas, mesmo com essas similaridades, podemos elencar algumas fontes de custo de cloud computing que não estão necessariamente presentes em uma infraestrutura de edge:
- As instâncias de computação: encargos para RAM e CPU utilizados no processamento de requisições.
- O armazenamento de dados: encargos por GB de armazenamento, visto que é nos data centers do provedor de cloud que a maior parte dos dados do contratante serão armazenados.
- A rede: encargos por GB de dados baixados.
Todo o processo de tratamento dos dados gera custos na cloud, do tráfego das requisições ao seu processamento e armazenamento. Por isso, diferentes provedores adotam diferentes perspectivas para a cobrança, seja de acordo com o uso, através de taxas de utilização por hora para CPU e RAM, e por GBs de dados armazenados e transferidos; por assinatura, com taxas para reservar um número pré-estabelecido de unidades para um período de tempo determinado; ou híbridos, através de taxas para reservar servidores dedicados, podendo gerar encargos conforme a utilização aplicados após a capacidade reservada ser ultrapassada.
Para além disso, são inerentes à estrutura de cloud computing alguns desperdícios de recursos que, na prática, podem aumentar (e muito) o investimento que você precisará fazer para manter sua empresa na cloud. Estudos[1,2] têm demonstrado que uma porcentagem alta dos recursos de cloud acabam sendo desperdiçados, especialmente devido à existência de:
- recursos órfãos sem propósito, às vezes deixados em execução indefinidamente;
- dificuldades para entender o cálculo de preços de cloud, levando à subutilização da capacidade reservada;
- provisionamento excessivo de recursos devido à replicação de políticas de on-premise na cloud;
- dívida técnica, devido a processos ineficientes de engenharia e escassez de profissionais qualificados;
- complexidade do gerenciamento de licenças de software, muitas vezes resultando em assinaturas redundantes.
Principais custos de Edge Computing
Edge computing, por sua vez, tem sua precificação baseada em critérios que envolvem estritamente os recursos utilizados na realização das suas workloads. Assim, de modo geral, uma plataforma de edge computing baseará suas cobranças em:
- número de invocations;
- complexidade e duração de workloads;
- quantidade de memória necessária para executar funções.
O modelo de edge computing otimiza a forma como os custos são repassados ao contratante, o que garante que você pague apenas pelos recursos que efetivamente utilizar. Eliminando tais desperdícios inerentes às estruturas de cloud, o edge ajuda a reduzir significativamente seus custos e a elevar o price for money dos seus investimentos, pois:
- não há custos iniciais para recursos de provisionamento;
- plataformas de edge normalmente permitem uma migração suave de aplicações preexistentes, utilizando recursos como o WebAssembly;
- menos horas de desenvolvimento são despendidas em gerenciamento, com redução drástica das atividades operacionais;
- as mais modernas plataformas de edge utilizam eficientemente recursos com modelos de preços pré-pagos ou pay-as-you-go.
Dessa forma, empresas de todos os setores podem se beneficiar do uso de uma estrutura de edge computing, que reduz as requisições e workloads na cloud e acelera a entrega de conteúdo. A MadeiraMadeira, por exemplo, reduziu seus custos com provedor de cloud em 90% ao migrar suas aplicações para a Plataforma de Edge Computing da Azion.
Edge Computing: máximo retorno para seus investimentos
Apesar de ter sido uma tecnologia fundamental para a acelerada transformação digital que vivemos nos últimos anos, a cloud ainda não resolveu desafios no gerenciamento dos seus recursos para evitar desperdícios que são onerosos para o contratante. Além disso, estimativas recentes apontam um aumento geral de 20% a 30% nos preços dos serviços de cloud na Europa e nos Estados Unidos em 2023[3].
No caso do edge computing, a precificação dos recursos evita desperdícios e valoriza seus investimentos. Mas isso não é tudo: ao migrar para uma plataforma de edge, você pode, automaticamente, tirar proveito de diversos outros benefícios que são inerentes à essa estrutura, como:
- latência ultrabaixa;
- altíssima resiliência;
- compliance localizada;
- inteligência distribuída;
- maior perímetro de segurança.
Em um quadro comparativo, as vantagens do uso do edge se mostram efetivas para sua empresa, suas equipes de TI e, especialmente, para o seu usuário final:
Caso tenha interesse em saber mais sobre edge computing e como essa tecnologia pode impulsionar sua transformação digital e reduzir seus custos, você pode falar com nossos experts ou visitar nosso blog.
Nele, você também pode entender melhor as importantes diferenças entre aplicações monolíticas e aplicações modernas, as vantagens do edge computing para os desenvolvedores e como o edge melhora a segurança das suas APIs.
Referências
[1] Flexera Releases 2020 State of the Cloud Report (Flexera)
[2] Maximizing value from cloud investments (Deloitte)
[3] Conta da nuvem vai estourar em 2023? (Baguete)